Criando Templates com Arena

Conheça esta poderosa característica do Arena e ganhe produtividade na modelagem

Os conjuntos de ferramentas do Arena recebem o nome de TEMPLATES. Os mais conhecidos pelos usuários são o “Basic Process”, “Advanced Process” e “Advanced Transfer”, que contém os elementos mais básicos de modelagem.

O que nem todos sabem é que o Arena versão PROFESSIONAL permite ao usuário desenvolver seus próprios templates personalizados. O processo é relativamente simples para quem já tem experiência na modelagem com Arena, pois vários procedimentos aproveitam as habilidades já desenvolvidas no uso comum da ferramenta.

Qual a vantagem de se criar o próprio template, afinal ?

As razões podem ser várias:

  • Um template pode ser desenvolvido para uso próprio, de modo a acelerar o trabalho rotineiro de modelagem;
  • Pode ser uma ferramenta corporativa, que melhora a produtividade de toda a equipe de simulação em várias unidades da empresa;
  • O template criado pode ser comercializado para outras empresas do mesmo ramo, que tenham necessidade de resolver os mesmos problemas através de simulação.

 

Este tutorial demonstra como é o processo de criação do template em 8 passos, porém é extremamente básico, e não substitui a necessidade de treinamento avançado prático na PARAGON.

 

1º passo: Desenvolver a lógica

O template é composto por vários módulos, que combinados servem para modelar determinados tipos de processo. Cada módulo nada mais é do que uma lógica comum do Arena, “embalada” em um formato mais amigável com o usuário.

Portanto, o pré-requisito para criar um módulo, é ter a sua lógica montada e depurada, funcionando sem problemas.

Adotaremos como exemplo a lógica abaixo, que representa um posto de trabalho onde há retrabalho ocasional. A atividade é executada por um recurso, e deseja-se que o usuário do template possa alterar tanto o tempo da operação quanto o percentual de retrabalho:

2º passo: Abrir um novo arquivo de template

Entre no menu “File” e escolha “New”. Se a sua versão do Arena é a Professional, a janela abaixo será apresentada.

Escolha a opção “Template Window”.

Será aberta a janela principal de desenvolvimento do template, onde você pode definir de quais módulos ele será composto.

Clique em “Add” para incluir um novo módulo. Daremos a ele o nome de “PostoTrabalho” (não podem ser usados espaços entre as palavras).

Note que, ao abrir uma nova janela de template, uma nova barra de botões também apareceu na interface do Arena. Essa barra contém as ferramentas usadas para criar o template:

3º passo: Criar a janela de diálogo com o usuário

Esta janela deverá habilitar ao usuário informar tudo que for necessário para a execução do template. No nosso caso, os parâmetros são o tempo de processo e percentual de refugo.

Mas também é importante perguntar ao usuário o nome do posto de trabalho, de modo a diferenciá-lo de outros postos. Também é necessário que o usuário informe para onde vai o produto depois de processado.

Para criar a janela, clique no botão “Dialog Design” para abrir a interface mostrada abaixo. Ela é bastante semelhante a ferramentas de desenvolvimento visuais, como VB ou C#.

Para criar a janela de diálogo, deve-se selecionar os campos desejados à esquerda (chamados de “operandos”) e posicioná-los sobre a janela. As propriedades de cada operando podem ser escolhidas à direita.

Comece escolhendo 4 operandos do tipo “TextBox” e posicione-os na janela. Cada operando deve ter um nome único que o identificará dentro do template.

Esse nome é dado no campo “(Name)”, na tabela de propriedades à direita.

Escolha os nomes: “NomePosto”, “Tempo”, “Refugo” e “PostoSeguinte” respectivamente para cada um dos operandos. A janela deve se parecer com a mostrada abaixo:

4º passo: Criar as chaves

Clique no botão “Switch Window” para abrir a janela de chaves. As chaves são recursos extremamente poderosos

para personalizar o template. Elas permitem que partes da interface ou mesmo da lógica sejam ligadas ou desligadas.

Um exemplo disso pode ser visto no próprio módulo Process: se o usuário escolhe no campo “Action” alguma combinação de seize ou release, ele “liga” a parte que pergunta o nome do recurso.

No nosso caso, não usaremos chaves, portanto qualquer chave que apareça nesta janela deve ser apagada.

5º passo: Inserir a lógica ao template e ligar com os operandos da janela

Clique no botão “Logic Window” para acessar a janela de criação da lógica. Note que esta janela é praticamente idêntica à de construção de modelos do Arena, ou seja, vale aqui todo o conhecimento de modelagem já adquirido. O procedimento é o mesmo.

Copie a lógica já criada e cole dentro desta janela. Algumas adaptações são necessárias para que a lógica use as informações digitadas pelo usuário na caixa de diálogo.

Para que a janela de lógica entenda que uma informação deve vir da caixa de diálogo, o nome do operando deve ser informado entre crases (`). Veja o exemplo abaixo para o módulo Process:

Repita este procedimento para todos os módulos, conforme mostrado abaixo:

6º passo: Montar a vista do usuário

Clique no botão “User View Window” para criar a animação que fará parte do template. Na animação, vale a mesma regra da janela de lógica. Coloque os elementos de animação desejados normalmente e faça referência às estruturas de lógica usando os operandos entre crases, como pode ser visto na figura abaixo.

A caixa que aparece com o nome do módulo não deve ser modificada nem apagada.

É nela que o usuário irá clicar para configurar o template, e ela também é usada para posicionar o módulo na área de trabalho.

Se desejar, podem ser colocados também elementos estáticos, como linhas de desenho, textos e etc.

Tudo isso entrará no modelo junto com o módulo, quando o usuário o posicionar na área de trabalho.

7º passo: Criar o ícone

O ícone é o desenho que aparecerá no painel do template, e tem o objetivo de facilitar o trabalho do usuário, identificando visualmente os módulos.

Mais uma vez, são usadas as ferramentas de desenho do Arena, já conhecidas, para criar este desenho. No nosso caso, optamos por apenas copiar o desenho da animação e usar como desenho do ícone.

8º passo: Gerar o template e testar seu funcionamento em um modelo

O arquivo que contém o código-fonte do template tem extensão .TPL. Ele não pode ser usado diretamente nos modelos. Para que isso seja possível, é necessário gerar o arquivo com extensão .TPO, que é uma versão “compilada” do mesmo.

Salve o seu template, escolhendo um nome para ele. Em seguida, clique no botão “Generate TPO file” para gerar o template. Ele será gerado com o mesmo nome do TPL, mas com extensão TPO.

Agora você já pode fechar o arquivo de template e abrir uma nova janela de modelo. Escolha “Template Attach” no menu File e localize o arquivo .TPO que você gerou, anexando-o.

Construa um modelo que permita testar o seu módulo. Lembre-se de como o template gera os nomes de stations e crie a sua lógica referenciando corretamente estes nomes.

A figura abaixo mostra o modelo pronto com a caixa de diálogo do template preenchida.

Pode-se visualizar à esquerda o ícone do painel.

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